Diálogo Afrocentrado - Roda Aberta
Roda aberta – diálogo afrocentrado Com Guinho Nascimento, Hanayrá Negreiros, Janaína Machado e Mônica Ventura Mediação de Bianca Leite 02.11 Sábado 15h - 18h gratuito _____ Sobre o encontro Sábado de conversa aberta no Marieta, conduzida pela artista e mediadora Bianca Leite junto com as convidadas Hanayrá Negreiros, Janaína Machado, Mônica Ventura e Guinho Nascimento. A roda será construída a partir de duas perguntas provocadoras: - Como criar novos papéis fora da ordem colonial através da educação?� - Como ensinar a pensar e imaginar o corpo como sujeito e não como objeto? Para quebrar o gelo, as pessoas convidadas irão fazer uma breve abertura, enfrentando a temática a partir de suas experiências e pesquisas intelectuais, artísticas e afetivas. As pesquisadoras e artistas irão apresentar conceitos fundantes sobre novos saberes e fazeres que problematizam a normatização dos corpos brancos, enfrentando temas como raça, classe e gênero. A conversa é parte do processo de pesquisa iniciado por Bianca em Agosto, projeto apresentado para a residência cultural do centro de cultura contemporânea Marieta. A troca entre as pessoas participantes será gravada e servirá como material complementar para a pesquisa. Abaixo, um extrato da introdução do projeto de pesquisa de Bianca: “Focar a análise sobre a produção contemporânea da artista Zanele Muholi e o texto crítico da artista Musa Michelle Mattiuzzi sobre seu programa de ação performático, leva-nos a trazer para o texto a potência do pensamento da teórica feminista, lésbica e ativista na luta pelos direitos humanos, Audre Lorde. Em uma de suas inúmeras comunicações, a autora nos diz que “a transformação do silêncio em linguagem e em ação é um ato de auto revelação”. Audre Lorde nos provoca a refletir sobre o papel desempenhado pelos regimes de visibilidade construídos em sociedades de legado escravocrata e de desigualdades raciais acentuadas, salientando que, “neste país em que a diferença racial cria uma constante, ainda que não seja explícita, distorção da visão, nós mulheres Negras temos sido visíveis por um lado, enquanto que por outro nos fizeram invisíveis pela despersonalização do racismo”. É neste sentido que pensar a articulação das práticas de auto revelação e a produção artística contemporânea de mulheres afrodiaspóricas e africanas perpassa a identificar essa produção como autodeterminada, de acordo com as reflexões de Lorde, de modo que a autodeterminação diz respeito à decisão de definir a si mesmo, de dar nome, nomear, falar por si em vez de ser nomeada e expressada por outros e, sendo assim, representar a si mesma.” Convidamos todes a participar da conversa e contribuir com suas experiências e reflexões! _______ Sobre as participantes Bianca Leite Ferreira é artista visual, educadora e pesquisadora lésbica, licenciada pela Unesp. Atua em Exposições e Galerias de Arte. Pesquisa obras de artistas mulheres e artistas negros dentro da produção contemporânea e História da Arte. Atualmente é coordenadora no projeto EPA Educação Pela Arte, projeto de visitas educativas em galerias de arte contemporânea e estúdio de artistas. Guinho Nascimento tem 30 anos nasceu em Guarulhos é Educador Social, Artista Visual e Dançarino. É graduado pela Universidade Cruzeiro do Sul em Artes Visuais em 2013, e em Dança pela Escola Viva de Artes Cênicas-Guarulhos 2015. Trabalhou como educador em diversas instituições, Projeto Meninos e Meninas de Rua, Fundação Casa, Museu da Cidade de São Paulo e na Pinacoteca do Estado de São Paulo, dentre outras. Nas Artes Visuais, dedica-se ao desenho, gravura, pintura, fotografia e performance tendo como pesquisa o trabalho, cotidiano , espiritualidade e o corpo racializado. Sua primeira exposição individual foi "Condução da Vida que Nós Traz Cura" no centro cultural vergueiro, e Unifesp Guarulhos(2017) , e outras exposições coletivas. Em 2016 Participou da residências artística VEÍCULO SUR, na cidade de Munique - Almenha, como intérprete criador do espectáculo de "Album-kodex-feadback" direção de Martins Lanz e Mário López. Em 2019 participou da residência artística PlusAfroT com a curadoria de Diane Lima e Mário Lopes, na cidade de Munique -Alemanha. Hanayrá Negreiros é mestra em Ciência da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e graduada em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi. Tem como principais focos de estudo, as estéticas afro-brasileiras e africanas, que se manifestam através da indumentária, memórias coletivas e religiosidades. Foi bolsista pelo CNPq, e é pesquisadora associada ao grupo de pesquisa Veredas: Imaginário Religioso Brasileiro, e CECAFRO - ambos pela PUC-SP. Atualmente trabalha na Programação Artística do Red Bull Station. Janaína Machado é bacharel em Linguística pela Universidade de São Paulo -USP, mediadora cultural, pesquisa o campo da mediação e as relações étnico-raciais. Atua como assessora do programa educativo da Fundação Bienal. Desenvolve pesquisa nas áreas da Linguagem e da performance da negritude, tendo por foco a gramática da resistência negra. Publicou artigos na Revista Correio das Artes e na Coletânea de Literatura Negra Feminina Louva Deusas. Coordenou campanhas e projetos culturais relacionados à diáspora africana, à visibilidade da população negra, à luta antirracista e ao combate ao genocídio da juventude negra. No momento, dedica-se à pesquisa do ensaio crítico “A gramática corporal negra contestatória como ferramenta contra-hegemônica” no campo da performance e as narrativas visuais das capas de discos de produção afrodisiástica. Mônica Ventura (São Paulo, 1985) Bacharel em Desenho Industrial na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) - São Paulo. Foco em História da Arte e Design. Mulher negra entoa sua memória corporal friccionando-a em sua ancestralidade a partir de histórias de sua vida e pesquisas. Levando também seu corpo a ocupar espaços socialmente interditados com sua produção artística. Em suas obras há um interesse especial pela cosmologia e cosmogonia afro - ameríndia para além do uso dos seus objetos, símbolos e rituais. Exposição Individual 2018 - “O Sorriso de Acotirene”- Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo 2018 Exposições Coletivas 2019 - Histórias Feministas - Masp - São Paulo 2019 - Abraço Coletivo - Ateliê 397 São Paulo 2019 - "A Noite jamais adormecerá aos olhos nossos" - Galeria Baró, São Paulo 2019 - Matrix Colonial - Espaço CZO São Paulo 2019 - Luto Tropical - Galeria Pasto Buenos Aires 2018 - “O” - Galeria Leme São Paulo _________ Roda Aberta - diálogo afrocentrado 02.11 Sábado 15h - 18h gratuito